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Fim da escala de navios no Porto de Sepetiba resultarão em prejuízos às economias de Rio de Janeiro e Minas Gerais

Categoria: Portos > Itaguaí

28/02/2019

Representantes de indústrias exportadoras de Minas Gerais e membros do Sindicato da Indústria do Ferro Gusa e Sindicato das Indústrias de Ferroligas e Silício Metálico (Abrafe) discutiram as possibilidades de manutenção da escala de navios no Porto de Itaguaí, em Sepetiba.

As companhias de navegação decidiram suspender a escala direta do Rio de Janeiro para a Ásia, o que poderá configurar um prejuízo gigantesco para as indústrias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esses representantes estiveram reunidos na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) para analisar essas consequências. 

Os custos de frete, segundo eles, já são elevados e ficariam ainda mais altos com a suspensão da escala. Outro ponto levantado no encontro são os riscos de concentração do mercado, com a redução das escalas e concentração em Santos. No médio prazo, uma redução no numero de escalas não apenas limita as opções logísticas das empresas como tende a elevar os custos logísticos e, portanto, reduz a competitividade das exportações brasileiras. Enquanto as empresas se esforçam para reduzirem o custo e manter os clientes no exterior, as companhias de navegação acabam por absorver os ganhos possíveis deste esforço.

A linha que atualmente tem a escala no Porto de Itaguaí atende a mercados asiáticos muito importantes para as exportações de Minas e do Brasil. Além de escalas em Santos a linha atende aos mercados situados na Coréia do Sul, norte (Qingdao), centro (Shangai) e sul da China (Shenzen), além de atracação em Cingapura e Malásia. A linha traz produtos asiáticos para o Brasil e produtos brasileiros que são desembarcados nos países asiáticos.

De acordo com cálculos da FIEMG, a partir de dados das empresas o aumento do custo logístico diante da eventual eliminação da escala no Rio de Janeiro é estimado em torno de 31%, variando de 13% em média para o setor da mineração, até 55% ou mais nos setores de ferroligas, siderurgia e agro  alimentos. Além disto, em todas as simulações os custos de frete para Santos tanto para rodoviário como ferroviário aumentam para as cargas originarias de Minas Gerais.

Alexandre Brito, consultor do Centro Internacional de Negócios da FIEMG, diz que  a estratégia acordada na reunião “passa pela negociação com armadores e também pela articulação com entidades estaduais e nacionais como a CNI, e também com a Antaq,  na busca de soluções que viabilizem a manutenção e entrada de novos operadores. De acordo com as empresas, existe uma demanda potencial que justifica a manutenção da linha de mais de 500 contêineres por semana”.

Fonte: Petronotícias

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