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Das estradas para os trilhos

Categoria: Ferrovias

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08/02/2016

O Globo - Por Danielle Nogueira
“Cílio postiço foi apenas uma vez. Mas já estamos transportando TVs, motocicletas, fita crepe, louça sanitária.”
Elisa Guimarães Figueiredo Gerente da MRS

Ao lado da soja, TVs. Pertinho do milho, motos. Com a crise econômica, muitas indústrias têm buscado reduzir custos logísticos para fazer a mercadoria chegar ao cliente. O resultado é que produtos tradicionalmente transportados por caminhões passaram a ser levados em contêineres sobre trens, modal associado ao transporte de grãos e commodities. Segundo estimativas de mercado, o preço do frete nas ferrovias é de 15% a 20% inferior ao rodoviário. Mas o que se ganha no bolso perdese na velocidade. O tempo de viagem sobre trilhos é quase o dobro do feito nas estradas.

Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários ( ANTF), a quantidade de contêineres nas ferrovias cresceu 32% em 2014. Em 2015, a estimativa é que o ano tenha fechado com alta de 20% na movimentação, totalizando 480 mil unidades.

Essa migração de carga do caminhão para o trem está impulsionando os negócios das operadoras de ferrovias. A MRS, por exemplo, viu crescer sua movimentação de contêineres em cerca de 35% em 2015, para quase 60 mil contêineres de 20 pés ou 60 mil TEUs ( a unidade padrão do “caixote”). Em 2014, a expansão foi de 8%. Segundo Elisa Guimarães Figueiredo, gerente comercial de industrializados e granéis da MRS, foram 34 novos clientes no ano passado apenas para o segmento de contêiner. Até cílio postiço embarcou nos trens da empresa, conhecida pelo transporte de minério de ferro e produtos siderúrgicos.

— O cílio postiço foi apenas uma vez. Mas já estamos transportando tablets, TVs, motocicletas, fita crepe, louça sanitária. Estamos com novos clientes no setor de alimentos e bebidas — disse Elisa.

TEMPO DE TRANSPORTE É MAIOR A fabricante de TV que contratou os serviços da MRS no ano passado fica na Zona Franca de Manaus ( AM). Para alcançar seu principal mercado consumidor, o estado de São Paulo, a maior parte das empresas instaladas no polo costumava despachar as TVs de balsa até Belém. De lá, os aparelhos iam por rodovia até São Paulo. Considerando o trajeto de ponta a ponta, são dez dias em média. Agora, muitas empresas optaram pela ferrovia. O novo itinerário mantém a primeira perna até Belém e segue por navio até o Porto de Santos ( SP), onde embarca em um trem até Sumaré ( SP). E segue para as redes varejistas de caminhão. Na ponta do lápis, são 18 dias.

Na Brado, braço da ALL para transporte de contêineres, esse movimento também cresceu. A novidade em 2015 foi a chegada de toras de madeira aos trilhos da empresa. Segundo Marcelo Saraiva, diretor de Operações da Brado, a madeira vai de Rondonópolis ( MT) até o Porto de Santos e de lá é exportada. Para percorrer os 1.600 quilômetros de extensão da ferrovia que liga as duas cidades, são cinco dias. De caminhão, estima Saraiva, a viagem dura dois a três dias.

— Em 2015, crescemos 5% e vamos buscar ampliar o transporte de contêineres em 10% em 2016 — diz o executivo da Brado.

Há outros exemplos: uma fabricante de sucos sediada em São Paulo usa a ferrovia da MRS para chegar ao terminal portuário de Santos, de onde os produtos seguem em navios até Suape ( PE). Um trajeto feito em dez dias. Por caminhão, o tempo de viagem é de cerca de seis dias, segundo estimativa de mercado. Como a economia vai mal, a demanda caminha a passos lentos e os estoques estão elevados, os fabricantes não estão com pressa para fazer o produto chegar às prateleiras. A ordem, agora, é cortar custos. Por isso, acabam optando por um transporte mais barato, embora mais lento.

— ( O maior uso de contêiner) é uma tendência natural. Além de mais barato, o trem é mais seguro, com menos acidentes e roubos — disse Renato Araújo, diretor operacional da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga ( Anut).

A busca pelo contêiner teve uma primeira onda há cerca de quatro ou cinco anos, quando produtos transportados a granel passaram a fazer a viagem sobre trilhos nos caixotes de metal. Isso aconteceu quando os armadores reduziram o preço do frete da carga transportada em contêineres em navios, com o objetivo de diminuir a quantidade deles que voltavam vazios para o país de origem. Até então, o país importava produtos que vinham em contêiner da China, por exemplo, e os enviava de volta sem nada para buscar mais mercadorias. Com a redução do frete, sacos de açúcar e soja passaram a ser levados nos caixotes para atender a demanda chinesa.

FATIA AINDA É PEQUENA 
A opção pela ferrovia reduz o protagonismo da estrada, mas não a elimina. Em geral, o caminhão entra em cena ao menos duas vezes: leva a mercadoria da fábrica à estação do trem e do trem até o centro de distribuição da fabricante ou ao varejo.

— Há uma reorganização dos modais — frisa Elisa, destacando que a MRS reativou, em novembro, um terminal no Rio, o Terminal São Geraldo, na Baixada Fluminense, visando, entre outros objetivos, à ampliação do transporte de contêiner e que fica a 30 quilômetros do porto do Rio e a 70 quilômetros do porto de Itaguaí.

Ainda assim, a fatia dos contêineres nas ferrovias é pequena se comparada à movimentação de minério de ferro, soja e outros grãos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres ( ANTT), não passa de 1% do total de carga movimentada nas ferrovias.
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