Categoria: Centros Logísticos
29/07/2014
Jornal O Globo - Economia
Em iniciativa inédita, a Prefeitura de Macaé reuniu
na cidade as entidades representativas da indústria do petróleo para discutir oportunidades
e desafios futuros do município no seminário Um Novo Ciclo de Desenvolvimento,
realizado dia 24. Desde que, em 1978, a Petrobras elegeu Macaé como sua base de
apoio na Bacia de Campos, foram 40 anos de crescimento vertiginoso.
Reconhecida como a capital nacional do petróleo,
Macaé inicia um novo ciclo de desenvolvimento no momento em que a indústria
petrolífera passa por transformações significativas, motivadas pelo pré-sal, e
impõe um ritmo muito forte, de extrema competitividade entre as empresas e de
alta progressão tecnológica.
O Brasil compete com o mundo para a atração e
fixação das empresas do setor e, internamente, Macaé compete com outros estados
para se consolidar como a base de apoio logístico do pré-sal. Por esta razão, o
seminário foi saudado pelos participantes como uma iniciativa relevante para
consolidar a posição do
município como polo aglutinador da indústria de
óleo e gás.
Na abertura do seminário, o prefeito Aluízio dos
Santos Júnior destacou que Macaé, apesar de suas várias vocações, tem uma
atividade concreta na indústria do petróleo para a qual não se pode fechar os
olhos, pois é ela que, com seus impostos, sustenta a população. Mas reconheceu
que a cidade ainda
se ressente da necessidade de ampliar investimentos
em serviços públicos de saneamento, transporte e infraestrutura.
“A gente só consegue reverter esse cenário com a
participação de vocês. Apontem-nos o caminho, que vamos caminhar com vocês. Não
podemos mais perder tempo. Há 40 anos estamos vivendo sob a égide do petróleo e
agora, mais do que nunca, precisamos oferecer soluções”, afirmou o prefeito,
conclamando a indústria para a adoção efetiva de um modelo de parceria para o
desenvolvimento.
“Hoje damos um grito para a sociedade dizendo que
somos importantes não só para o estado, mas também para o Brasil”, assinalou o
prefeito, lembrando que cerca de 80% do petróleo produzido no Brasil saem do
município. “É fundamental que Macaé tenha o melhor aeroporto, tenha um novo
porto e um novo arco viário e se torne, de fato, a melhor cidade para se viver
e se trabalhar. E isso não vamos fazer sozinhos e sim, acima de tudo, ouvindo e
entregando resultados”, ressaltou.
Vandré Guimarães, presidente do Fundo Municipal de
Desenvolvimento Econômico e Social – Fumdec, por sua vez, destacou que o
município atua hoje por meio de uma visão integrada de desenvolvimento, com
políticas públicas para micro e pequenas empresas e um novo modelo de
relacionamento com a indústria. Por isso, buscou investimentos para um novo
terminal portuário, para a ampliação da infraestrutura viária, para a ampliação
do aeroporto e para a implantação de um Parque Tecnológico.
]“Macaé cresce a uma taxa de 12,5% ao ano e é o
destino natural da indústria do petróleo. Nós não precisamos fazer políticas
públicas apenas para atrair as empresas mas também criar condições para retê-las”,
observou Guimarães. Segundo ele, cerca de 45 empresas representam 83% da
arrecadação de ISS, sendo que, desse total, 43% referem-se à Petrobras e apenas
três dessas empresas não são do setor de óleo e gás.
Mais competitividade
Alfredo Renault, superintendente da Organização
Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) - instituição que reúne as companhias
de exploração, produção, refino, processamento, transporte e distribuição de
petróleo e derivados – mostrou o impacto, para o setor, da lentidão na
licitação de poços de petróleo. Ele lembrou que, depois de um período de rodadas
anuais de leilões, entre 1999 e 2005, a 8ª rodada foi cancelada, em 2006 e, em
2007, na 9ª rodada, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) excluiu as
41 áreas mais promissoras de exploração e produção. Em 2008 foram licitadas
apenas áreas terrestres e somente em 2013 as rodadas foram retomadas, mas em
ritmo lento. “Estamos falando em praticamente oito anos sem muita coisa nova”,
afirmou Renault.
Ainda que a Petrobras programe investimentos de US$
220 bilhões para o período 2014-2018, na opinião de Renault a falta de leilões
de novas áreas e a concentração de compromissos na estatal em detrimento da
participação de outros operadores tornou o cenário delicado.
“A boa notícia é que as perspectivas são
animadoras. Nossas reservas sairão dos atuais 15 bilhões de barris para 60 a 70
bilhões, o que será acompanhado por mudança na escala de produção, que é a alma
de Macaé. A estimativa é de que haverá US$ 11 bilhões anuais de gastos
operacionais até 2020. Isso vai gerar o segundo ciclo de desenvolvimento de
Macaé e a riqueza gerada dará musculatura para se pensar em atrair não só
empresas de serviços, mas também da indústria”, assinalou.
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