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Inclusão da Ferrovia Transoceânica em pacote de concessões gera desconfiança, dizem analistas

Categoria: Ferrovias

10/06/2015

Por Thais Lobo | De Oglobo


RIO - A inclusão da Ferrovia Transoceânica (também chamada de Bioceânica) na segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL) gera descrédito na opinião de especialistas ouvidos pelo GLOBO. Para eles, o projeto tem ares de um “segundo trem-bala”, que nunca saiu do papel.

A ligação ferroviária entre Rio e São Paulo faria um percurso de 500 quilômetros em 90 minutos. A previsão era de que ficasse pronto para a Copa de 2014 a um custo de R$ 75 bilhões. Já a ferrovia transoceânica, ligando o Atlântico brasileiro ao Pacífico peruano, teria 4.400 quilômetros ao custo de até US$ 10 bilhões.

— Botaram no pacote a Transoceânica que ligaria o Espírito Santo até o Peru. Aquilo é um sonho, uma loucura, é um segundo trem-bala. É um projeto super complexo, para atravessar a Amazônia. É impossível saber o custo sem um estudo de engenharia, que não existe ainda. É um horror. Gera descrédito no investidor — alertou Paulo Fleury, do Instituto Ilos de logística.

‘PACOTE TEM JOIO E TRIGO’

O economista Cláudio Frischtak, da consultoria Inter. B, afirma que o projeto terá pela frente grandes desafios do ponto de vista ambiental, quando, na verdade, já existem alternativas para escoar a produção de grãos brasileiros para o Pacífico.

— É um projeto caríssimo, e complicado do ponto de vista ambiental. Vai atravessar uma selva, reservas indígenas com um objetivo que a rigor não faz sentido. A ideia é transportar grãos do Brasil para o Pacífico. Mas existem obras mais eficientes hoje. Vai por Miritituba (no Pará) e embarca para o novo canal do Panamá. É um custo muito menor de frete. Colocá-la no pacote foi um erro porque tira a credibilidade do anúncio — disse Frischtak. — Nesse pacote tem um pouco de tudo. Coisas que serão licitadas, possivelmente, com sucesso, como os aeroportos. E outros extremos como a Transoceânica, que não se sustenta. Tem joio e trigo. E qual a implicação disso? Reduz a credibilidade. Teria sido melhor um pacote menor e mais calibrado. Talvez com metade do valor apresentado.

Para ele, os projetos de novas ferrovias também terão muita dificuldade para sair do papel:

— Se a ferrovia já tem boa parte construída, como a Estrela d''Oeste, quem ganha só vai ficar responsável pelos últimos quilômetros e aí há mais chances. Mas de modo geral, os números do pacote estão abaixo da realidade. O custo de uma ferrovia 0km é muito maior do que o apresentado nesse PIL. Pode ser que alguém faça milagre, mas construir 500, 600 quilômetros de ferrovia, considerando que não tem o Tesouro garantindo por trás o financiamento como antes, é muito difícil.

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