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A revolução do pré-sal no Brasil

Categoria: Dutos

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25/08/2014

HSBC - Especial PRÉ-SAL - Valor

A história energética brasileira pode ser contada antes e depois do pré-sal. O volume de negócios gerado pela indústria do petróleo e gás está estimado em mais de US$ 250 bilhões no período de 2014 a 2018. Esses investimentos impulsionarão o desenvolvimento de toda cadeia de bens e serviços ligada a esse setor, trazendo tecnologia, exigindo capacitação profissional e gerando grandes oportunidades de negócios.

"A importância dessa indústria para a economia brasileira é muito grande e há uma robusta cadeia de fornecedores que dá sustentação a esse crescimento, criando receitas e empregos", diz Graça Foster, presidente da Petrobras.

Além das novas descobertas e da perspectiva de aumento da produção, o Brasil se firma como um dos mercados emergentes mais promissores do mundo e um dos países que mais desenvolveram recentemente sua indústria de petróleo, ganhando peso na economia brasileira. Hoje, a participação do segmento da indústria de petróleo e gás chega a 13% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a mais de US$ 600  bilhões já que o PIB de 2013 foi de US$ 4,84 trilhões. Em 200, o peso da indústria de óleo e gás no PIB era de 3%.

Somente a Petrobras prevê investir US$ 220 bilhões no período de 2014 a 2018. A empresa comprará, até 2020, 28 sondas de perfuração, 32 plataformas de produção, 154 navios de apoio de grande porte e 81 navios-tanque, todos produzidos no país. Na estimativa da Agência nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o pré-sal exigirá investimento da ordem de US$ 500 bilhões no período de dez anos, incluindo, nesse cálculo, indústria de base e todos os serviços necessários para sua operação.


A produção de petróleo no Brasil deve dobrar até 2020, chegando a 4,4 milhões de bpd
Essa infraestrutura envolve um volume de transações em que a presença de empresas do mercado financeiro é necessária para novas possibilidades e estruturas de financiamento. É grande o apetite internacional para aportar recursos em projetos da cadeia produtiva do setor. Os bancos estrangeiros competem no financiamento de projetos de petróleo e gás por sua maior capacidade de captação de recursos do exterior e sem descasamento da moeda, condição essencial para as operações.

"O Brasil é um dos grandes focos mundiais no crescimento de infraestrutura, principalmente no setor de petróleo e gás, devido ao pré-sal. Estamos preparados para dar todo apoio necessário a esse desenvolvimento sustentável", diz Alexandre Guião, diretor de Global Banking do HSBC, financiador global do setor de petróleo e gás, que tem, no Brasil, uma equipe especializada nessa área.

As reservas do pré-sal, estimadas pelos mais conservadores entre 35 bilhões e 45 bilhões de barris, no mínimo triplicam os atuais 16 bilhões. Os mais otimistas avaliam que as reservas possam chegar a 90 bilhões de barris. O pré-sal coloca o Brasil em um patamar elevado no ranking de países produtores. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, International Energy Agency), a produção de petróleo no Brasil chegará a 4,4 milhões de barris por dia (bpd) em 2020. Hoje, a produção é de 2,2 milhões de bpd.
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