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Queda na distribuição de aço plano poderá passar de 22%

Categoria: Centros Logísticos

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25/09/2015

Por Renato Rostás | Valor Econômico

Com o pior agosto desde 2006 em vendas, o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) já diz acreditar que sua projeção de retração para 2015 pode ser frustrada para baixo. Carlos Loureiro, presidente da entidade, disse ontem em entrevista coletiva que a estimativa de queda, de 22% para o ano, tem viés de baixa, ante as 4,54 milhões de toneladas comercializadas em 2014.

No mês passado, as distribuidoras venderam 254,4 mil toneladas de aços planos, 29,6% a menos do que em agosto do ano passado e um recuo de 0,4% ante julho deste ano. Nos oito primeiros meses de 2015, a baixa já é de 21,3%, para 2,32 milhões de toneladas.

A boa notícia, na opinião de Loureiro, é que as usinas nacionais devem recuperar mais mercado frente aos produtos importados em setembro. Se em agosto do ano passado, a fatia dos produtos estrangeiros no consumo aparente do segmento de planos era de 19,7%, no mesmo mês deste ano a proporção caiu para 13,6%, informou o instituto.

O dólar acima de R$ 3,80 - nesta semana passou de R$ 4 -, aliviou a queda nas vendas diretas das produtoras brasileiras e está permitindo às usinas nacionais testarem seus clientes com aumentos de preços. Para o presidente do Inda, o reajuste para aço plano vai ficar entre 7% e 10% e tem condições de já ser implantado em outubro. "Ninguém vai querer forçar muito os estoques. Se houver racionalidade e cabeça fria das usinas, o reajuste sai".

A ArcelorMittal já anunciou que a partir do dia 1º de outubro vai elevar, na média, em 10% os preços de seus aços aos clientes. A Usiminas tenta emplacar reajuste de 5% a 7% para 60% de sua carteira de clientes, segundo fontes. 

Conforme os números do Inda, as importações sofreram forte queda de 48% em agosto, perante igual período do ano passado, para 95,2 mil toneladas. Na comparação mensal houve recuo de 36%. Em oito meses, o volume de importado caiu 8,8%, para 1,23 milhão de toneladas. 

Do lado das compras, a diminuição em agosto, na comparação anual, foi de 37%, para 219,5 mil toneladas. Em um mês, foi registrada alta de 1% no volume. No acumulado de 2015, as compras recuam 21,2%, para 2,25 milhões de toneladas. O estoques fecharam o mês passado em 982,4 mil toneladas, recuo de 7,3% ante um ano antes. O giro caiu de 4 meses para 3,9 meses. Em setembro, o Inda prevê que as vendas recuem 2% ante agosto e as compras subam 1%.

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