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A Petrobras pretende captar US$ 20 bilhões no próximo ano com a emissão de títulos. A informação foi dada por Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, em entrevista à agência de notícias “Bloomberg”. Segundo o executivo, a crise política afeta a estatal.
— As turbulências políticas afetam a economia em geral e também a Petrobras, já que nenhum investidor é atraído pelo ambiente de negócios volátil. Como cidadão, não como CEO, não faz muito sentido essa questão de impeachment. Espero que se resolva o mais rapidamente possível, para que a economia reaja, porque isso, sim, está afetando a companhia — disse Bendine.
Segundo o executivo, os anos de 2015 e 2016 serão de ajustes. A companhia pretende vender US$ 15,1 bilhões em ativos até o fim do próximo ano. Entre os ativos à venda, está a BR Distribuidora, dona da maior rede de postos de combustíveis do país. Bendine destacou que o objetivo é ter um parceiro único para a subsidiária. A meta é vender entre 25% e 35% da empresa, destacou. Segundo ele, já há 12 potenciais investidores interessados.
— A Petrobras tem um projeto de cinco anos. Será uma nova empresa, mais enxuta, mais dinâmica, com perfil de rentabilidade muito maior — disse ele. — Vamos trabalhar em 2016 o caixa de 2017, para trabalhar com muito menos pressão e mais folga. Redução do principal da dívida só virá com desinvestimentos, não tem outra forma. Capitalização não está no radar — disse ele.
PETRÓLEO A US$ 40 POR BARRIL
Bendine lembrou que o novo Plano de Negócios da estatal para os anos de 2016/2020 será menor que os US$ 119 bilhões do Plano atual (2015/2019) devido à queda no preço do petróleo. Ou seja, em janeiro, a empresa vai anunciar nova redução de investimentos. Segundo ele, o plano de negócios vai prever o preço do barril do petróleo tipo Brent, usado como referência no mercado internacional, a US$ 40.
— Petróleo hoje é o principal problema da empresa. Acho que chegamos ao piso do Brent. A empresa é resiliente e pode resistir com petróleo a US$ 40. A tendência é que o Brent se recupere — disse Bendine.
Segundo ele, o pré-sal “está sendo um negócio muito viável". Ele disse que os custos de produção do pré-sal caíram para US$ 8 por barril.