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Com Arco, Sepetiba Tecon espera aumento de 15% em cargas

Categoria: Portos

27/03/2015

Por Chico Santos | Valor Econômico

Com a inauguração, em julho do ano passado, do principal trecho do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro (71 quilômetros entre a BR-101 Sul, no município de Itaguaí, e o cruzamento com a BR-040, em Duque de Caxias), o Sepetiba Tecon, terminal de contêineres do Porto de Itaguaí que é 100% controlado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), espera não só aumentar em 15% o volume anual de cargas movimentadas como também diversificar a matriz dessas cargas.

Em 2013 foi concluída a ampliação de 540 metros para 810 metros do cais do terminal, distribuídos por três berços, permitindo a atracação de navios de até 335 metros de comprimento e capacidade para transportar até 10 mil TEUs (medida correspondente a um contêiner de 20 pés — aproximadamente 6,1 metros). A nova ampliação ainda não tem um cronograma.

As perspectivas são tão animadoras que o Sepetiba Tecon já planeja ampliar em mais 260 metros o cais, para uma extensão total de 1.070 metros. A obra ainda não tem cronograma. Para o diretor de planejamento e relações comerciais da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Cláudio Soares, as possibilidades de expansão de cargas no Porto de Itaguaí com a nova rodovia são grandes, mas é necessário o “aprimoramento da utilização” do Arco Metropolitano com a duplicação do trecho de 25,5 km entre as cidades de Magé e Itaboraí (BR-493) que conecta o Arco à BR-101 Norte. 

Paralelamente às obras de melhoria do sistema rodoviário de acesso ao porto, o Sepetiba Tecon trabalha para melhorar sua própria capacidade de movimentação de contêineres. Segundo informações da CDRJ, entre 2012 e 2014 o terminal incorporou dois novos portêineres (tipo de guindaste para contêiner) e quatro empilhadeiras para contêineres (RTG, na sigla em inglês).

Com seis portêineres atualmente em operação, o terminal fechou 2014 com média de movimentação de  57 contêineres por hora, tendo o pico alcançado 111 movimentações por hora com o navio “Maersk Santana”, em julho. Este ano, até a terceira semana de março, a média de movimentação estava em 77 contêineres por hora. A meta de eficiência do terminal é alcançar a movimentação média de 110 contêineres por hora.

As cargas conteinerizadas ocupam o segundo lugar nas estatísticas de movimentação de cargas de Itaguaí, com um total de 3,1 milhões de toneladas em 2014 quando houve uma queda de 31,5% em relação a 2013 por razões que incluem a queda de 5,73% no comércio exterior brasileiro. O total de Itaguaí representa 40,2% do movimento total de cargas em contêineres na área da CDRJ (as 4,6 milhões de toneladas restantes passaram pelo Porto do Rio que conta com dois terminais especializados, das empresas Libra e Multiterminais. Em 2014 houve queda de 16,3% nas cargas conteinerizadas no Porto do Rio). Segundo a CDRJ, historicamente Itaguaí responde por aproximadamente 45% da movimentação de contêineres no Estado.

A CDRJ, empresa federal,  é a autoridade portuária pública com jurisdição sobre todos os portos do Estado do Rio de Janeiro. Segundo Soares, a inauguração do Arco Metropolitano vai também atrair para as proximidades do Porto de Itaguaí novas indústrias e terminais logísticos, contribuindo para a dinamização do porto e da economia no seu entorno. Segundo o executivo, embora o Arco Metropolitano tenha sido concluído recentemente, já é possível perceber o aumento da velocidade na chegada e saída de cargas ao Porto de Itaguaí.

Com a perspectiva de aumento na movimentação de cargas por rodovia, a CDRJ está investindo na ampliação dos acessos ao Porto de Itaguaí, investindo R$ 6,3 milhões na duplicação do número de portões de acesso que hoje é de quatro. Está também em fase de licitação a instalação de um sistema de controle de tráfego marítimo com a instalação de radares, rádio VHF e outros equipamentos eletrônicos. O sistema está em fase de licitação e tem custo estimado em R$ 40 milhões.

A CDRJ informou ainda que outro importante investimento privado (CSN) feito recentemente em Itaguaí foi a adequação do Terminal de Carvão (Tecar) para operar com exportação de minério de ferro, uma obra que recebeu investimentos de R$ 538 milhões. A exportação de minério de ferro pela Vale (controladora da Companhia Portuária da Baía de Sepetiba – CPBS) e pela CSN responde por cerca de 90% da movimentação total de cargas em Itaguaí.

Está prevista para este ano a entrada em operação do Porto Sudeste, com capacidade para exportar até 50 milhões de toneladas por ano. O Porto Sudeste, cujo controle foi adquirido em fevereiro de 2014 à MMX, do empresário Eike Batista, pela holandesa Trafigura Beheer e pelo fundo Mubadala Development Company, de Abu Dhabi, fica fora da área do porto público de Itaguaí.

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