04/06/2016
O Estadão - Por Renée Pereira
A cada ano que o Brasil deixa de investir o mínimo necessário
para manter a infraestrutura existente, a economia perde R$ 151 bilhões – valor
próximo ao déficit primário calculado para o País em 2016. O resultado dessa
conta, feita pela consultoria GO Associados, é perverso: além de manter um
transporte de má qualidade e uma oferta restrita de serviços públicos, o baixo investimento no setor representa
menos emprego e renda para a população e menos dinheiro nos cofres do governo.
Importante aliado para turbinar o crescimento econômico em qualquer lugar do mundo, o investimento em infraestrutura sempre esteve entre as prioridades anunciadas pelos governos Lula e Dilma. Mas, apesar da criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os montantes aplicados de 2003 para cá nunca passaram dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) –parâmetro mundial que indica o investimento necessário para manter a estrutura existente.
Nas últimas duas décadas, o Brasil investiu em média 2,2% do PIB em infraestrutura, enquanto a média mundial foi de 3,8%. Na China, o número chegou a 8,5% e, na Índia, a 4,7%. Só em 2015, os investimentos que deixaram de ser feitos no setor representaram R$ 23 bilhões menos no bolso do trabalhador e R$ 14 bilhões no caixa do governo, segundo cálculos da GO.
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